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O que é o Código Florestal Brasileiro



Muito tem se falado sobre as alterações propostas no Código Florestal Brasileiro. Muita gente tem se manifestado contra, outras pessoas a favor e muitas outras, não entendem direito do que se trata.
O Código Florestal Brasileiro foi criado pela Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 (D.O.U. DE 16/09/65).
Estabelece limites de uso da propriedade, que deve respeitar a vegetação existente na terra, considerada bem de interesse comum a todos os habitantes ...
... do Brasil.
Considera áreas de preservação permanente as florestas e outras formas de vegetação:

  • das margens de cursos e massas de água (inclusive reservatórios artificiais),
  • das nascentes de qualquer porte,
  • dos topos de morro e outras elevações,
  • das encostas com declive superior a 45 graus,
  • das restingas, dunas e mangues,
  • das bordas de tabuleiros e chapadas,
  • de altitudes superiores a 1.800 m,
  • que atenuam a erosão,
  • que fixam dunas,
  • que formam faixa de proteção ao longo de rodovias e ferrovias,
  • que auxiliam a defesa do território nacional,
  • que protegem sítios de valor estético, científico ou histórico,
  • que abrigam espécies ameaçadas de extinção,
  • que mantêm o ambiente necessário à vida de populações indígenas e outras,
  • que asseguram o bem-estar público.
A exceção é a permissão de retirada da vegetação para execução de obras de interesse público, desde que com licenciamento ambiental e com a execução da compensação ambiental indicada.


As terras indígenas só podem ser exploradas pelos próprios indígenas e em condições de manejo sustentável.
O código regulamenta também a porcentagem de reserva legal que deve ser mantida na propriedade privada, a declaração de imunidade ao corte de espécimes vegetais notáveis, as condições de derrubada de vegetação em área urbana e de manutenção de área verde no entorno de represas artificiais e o reflorestamento, inclusive pelo poder público em propriedades que tenham retirado a cobertura nativa além do legalmente permitido.
Dispõe também sobre a obrigatoriedade, por parte de empresas que usem matéria-prima oriunda de florestas, de que mantenham áreas de reflorestamento. Estipula as penalidades por agressão a áreas preservadas ou a objetos isolados de preservação, com agravante quando a infração ocorre no período de dispersão das sementes.


Propostas de alteração

Desde meados da década de 1990, têm sido feitas várias tentativas de flexibilizar o Código Florestal.
Em 2008, foi criado um grupo de trabalho para discutir o código, com representantes de três ministérios: da Agricultura, do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário. Por falta de consenso entre os membros, o ministro da Agricultura Reinhold Stephanes dissolveu o grupo em janeiro de 2009.
Em fevereiro de 2009, a Comissão Coordenadora do Zoneamento Ecológico-Econômico do Território Nacional alterou um ponto do código referente ao entorno das BRs 163 (Cuiabá-Santarém) e 230 (Transamazônica): a redução de 80 para 50% da reserva legal desobrigou a revegetação com espécies nativas de 700 mil hectares na Amazônia.

Em novembro de 2009, o ministro da Agricultura Reinhold Stephanes tentou modificá-lo através de uma medida provisória, provocando a reação de várias entidades defensoras da preservação ambiental.

Em abril de 2010, ficou pronto o relatório para reformulação do Código Florestal, por comissão da câmara presidida pelo líder ruralista Moacir Micheletto, proponente da redução da reserva legal na Amazônia de 80 para 25% da propriedade, cujo relator é Aldo Rebelo, que é contra a existência de terras indígenas.








Fonte : pt.wikipedia.org/wiki/Código_Florestal_Brasileiro e http://www.verdenovo.org.br

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